“Do Médico ao Louco, Todo Mundo Come Ovo.”

Essa foi a frase que melhor definiu meu sentimento ontem frente ao Dia do Médico (dia 18 de outubro).

Que sejamos simples no linguajar.

Que reconheçamos nossa óbvia humanidade.

Que sejamos inclusivos.

Que sejamos próximos daqueles que mais necessitam.

Que nos sentemos juntos à mesa e possamos discutir perspectivas de vida, a individualidade e a subjetividade do sujeito.

Que sejamos nós, pacientes!

Que nunca esqueçamos os ideais humanistas que primeiro nos tocaram a sonhar e ralar por essa profissão tão paradoxal.

Goza de certo status social.

Profissão antes restrita aos ciclos privilegiados da sociedade.

E também tão violentadora em seu processo de ensino em tantos níveis.

E, com isso, produzindo sintomas como perda de empatia, de significado, de olho no olho, sobrecarga de trabalho, busca por compensações financeiras, frustração, burn out.

Não à toa vem sendo alvo de tantas críticas porque em algum momento parece que perdemos o ponto entre o técnico e o humano.

Que o humano em nós cada dia germine e floresça, nos relembrando o chamado para o cuidado.

Que possamos também cuidar de nós mesmos, tão adoecidos individualmente e enquanto classe.

E que finalmente possamos tocar outra alma e trazer o alívio que anseia.

Por Ética acima de tudo e Amor acima de todos.